Não é de hoje que a situação do transporte público em Rio Branco vive seus piores dias. Porém a situação tem exposto ainda mais a precariedade do serviço oferecido a população.
Desde o seu primeiro mandato, que
o prefeito Tião Bocalom (PL) anuncia que abriria a caixa preta do transporte
público e que faria licitação para que outras empresas pudessem concorrer a
prestar o serviço.
Mesmo em seu quinto ano a frente
do executivo municipal, Bocalom ainda não conseguiu realizar suas promessas de
campanha. Nesta semana ele encaminhou a Câmara de Rio Branco o projeto de lei
que visa regulamentar a prestação de serviço no transporte público.
O articulador político da prefeitura, Renan Biths, foi ao parlamento na tentativa de convencer que os vereadores da base auxiliassem na tramitação e votação do projeto.
“Encaminhamos o projeto que já se
encontra na Casa. Já havíamos enviado mais três, só que não passaram por
recomendações feitas pelo Tribunal de Contas do Estado. Agora estamos
apresentando a quarta versão e acreditamos que será aprovada, assim beneficiará
a população”, disse o articulador.
O vereador de oposição, André
Kamai (PT), apontou o projeto com falhas e pontuou que a licitação não avançou
devido a questões internas da prefeitura, e reforçou que a população é a mais
prejudicada.
“O que mais notamos são ônibus quebrando
e colocando em risco a população. A prefeitura justifica que não fez licitação
até hoje por conta da lei que teria sido atualizada o ano passado, sendo que a
lei foi modificada em 2021. Enquanto isso temos um péssimo serviço e mais de
cem milhões já foram repassados a essa empresa como subsídio, sem contar o que
arrecada na catraca”, apontou Kamai.
Nos bastidores, parlamentares
comentam que o projeto se encontra de forma errada e que não deve passar nas
comissões. A base tenta correr contra o tempo para tramitar e aprovar antes do
recesso legislativo que deverá se encerrar no próximo dia 17 de dezembro.

