Alta rotatividade de médicos afeta Norte e revela desigualdades na saúde


Entre 2022 e 2024, 33,9% dos médicos deixaram postos na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. A região Norte apresentou os piores indicadores, com destaque para a alta rotatividade e desempenho abaixo da média nacional em áreas essenciais como vacinação e rastreamento de câncer.

Segundo levantamento da Umane e da FGV, estados com menor PIB per capita, como Maranhão e Paraíba, sofrem mais com a saída de profissionais. No Norte, a média de internações por condições evitáveis foi de 23,9%, acima da média nacional (20,6%).

A região também ficou abaixo da meta de 70% de cobertura para rastreamento de câncer de mama, alcançada pelas demais regiões. Na assistência pré-natal, o Norte foi o único a não atingir o índice mínimo de consultas.

Para a pesquisadora Marcella Abunahman, fortalecer a APS nos locais com menor estrutura é crucial. "A rotatividade rompe vínculos e compromete o cuidado. É preciso garantir permanência para gerar resultados", defende.

A base de dados está disponível no Observatório da Saúde Pública e visa orientar gestores na melhoria dos serviços básicos do SUS.

Victor Augusto

Prazer, Victor Augusto, 37 anos, acreano, jornalista e académico de direito. Por isso, criei este espaço onde compartilho minhas experiências e aprendizados. Afinal, acredito que conhecimento deve ser diário para nossa evolução. Por aqui, abordo assuntos sobre estilo de vida, com ênfase em levar uma vida baseada na informação, já que é minha área de formação e atuação.

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